Introdução e Registro

Não tenho qualquer amarração ideológica de esquerda, direita ou liberal. Acredito que os sistemas democráticos são os regimes políticos menos ruins que temos atualmente, apesar de estarem corrompidos, disfarçados (porque escravizam em vários graus dependendo das nações que os adotam) e estão moralmente gastos. Não exerço cargo público, nunca exerci. Não tenho partido político nem qualquer influência na política do meu país ou fora dele. Na hierarquia política, financeira e institucional do meu país eu não represento nada.

Sou um livre pensador. Estudioso autodidata da história, geopolítica, política, filosofia, psicologia, artes clássicas, teologia, teosofia e do “esoterismo sério” conhecido como Sabedoria Iniciática das Idades. Sempre tive enorme curiosidade por conhecer coisas. Explorar e ampliar o conhecimento é uma convicção que tenho plantada em meu coração sobre a razão de estarmos encarnados aqui.

Meu único empenho é a busca do que parece ser a verdade e compartilhar os meus artigos com as pessoas que tem a bondade de parar para ler o que escrevo. Tenho por esperança conhecer a realidade no limiar das minhas forças até o último dia em que viverei nesse planeta.

Nasci na cidade de São Paulo, capital, em uma família de classe média no ano de 1967. Meus pais deram a minha irmã mais nova e a mim uma base moral sólida. Sempre foram muito batalhadores e lutaram muito para financiar nossa formação educacional em escolas privadas de padres católicos. Não segui a religião católica de forma praticante, entretanto as sólidas bases do cristianismo de amar a Deus criador do Universo, respeito pelo próximo e de não fazer aos outros o que não quero que façam para mim, como ensinou o Cristo, se fixaram em minha personalidade. Éramos uma família de classe média baixa. No contexto das sucessivas ondas de políticas monetárias equivocadas; governos ineptos; socialismo populista disfarçado de democracia para articular esquemas de poder; contínuas ondas inflacionárias seguidos de taxas de juros exorbitantes que por décadas assolam o Brasil e sua população; sobreviver como classe média significava trabalhar muito e economizar da melhor forma que fosse possível. Comecei a trabalhar cedo, com quatorze anos para ajudar com as contas domésticas. Observar a luta dos meus pais pela sobrevivência do dia a dia e poder contribuir para ajudar a família desde cedo, me trouxeram muita energia e força para superar os desafios que transpuseram meu caminho naquela época e depois no futuro. Com muita dificuldade, devido ao alto custo, meus pais e eu conseguimos pagar a formação de bacharel em Administração de Empresas com ênfase em Finanças, disciplina na qual me graduei. Futuramente, fiz pós-graduação em Relações Internacionais.

Iniciei minha atividade profissional no mercado financeiro. Sempre tive uma conexão e curiosidade de viver outras culturas e aprender outros idiomas. No mercado financeiro, atuei em operações internacionais e câmbio de moedas, o que me permitia esse contato mais forte com outros países e culturas. Entretanto, a virtualidade e especulação do mercado financeiro não batiam muito com a minha personalidade, então me movi para a indústria de tecnologia no setor de comércio exterior. A partir daí trabalhei como executivo de comércio exterior e de logística em gigantes multinacionais do setor Industrial de tecnologia, bens de consumo e de serviços galgando posições de alto executivo participando do “board” de diretores.

A logística e o comércio exterior me permitiram conquistar um sonho que ia além da carreira e do conforto financeiro, viajar pelo mundo. Conheci muitos países, principalmente os ocidentais, desenvolvi o idioma inglês, espanhol com proficiência e o alemão como intermediário. Vivi na Alemanha, Costa Rica e Argentina. Esta abertura para o mundo me permitiu também ampliar a cultura sobre história; arte; filosofia; ciência; metafísica; costumes; arquitetura; geopolítica; mitologia. Enfim, coisas que me interesso desde menino. Eu cheguei na Terra assim, com essa curiosidade por temas que não interessavam a outras crianças e mesmo adultos. Eu lia muito, sempre li muitos livros. Essa era outra diferença entre mim meus amigos de infância e adolescência. Apesar de ser considerado meio esquisito por estas faculdades mais intelectuais, sempre fui sociável, e não tive dificuldade em fazer ótimos amigos. As viagens me permitiram acesso a fantásticos museus; bibliotecas; salas de concerto; cidadelas clássicas ou medievais; templos e catedrais; ruínas; conjuntos arquitetônicos impressionantes que causaram uma enorme evolução na minha sede de conhecimento e exploração intelectual. Menciono isso porque tem muito a ver sobre o que compartilho aqui em múltiplos artigos.

A profissão em uma primeira análise não tem a ver com o conteúdo dos meus textos encontrados aqui, mas ela me proporcionou a vivência cultural para poder escrevê-los. Ela também me ajudou a observar no ambiente corporativo, acadêmico e na grande mídia uma construção de padrão social preocupante, isso sim também me motivou a compartilhar minhas concepções e preocupações.

Conhecer melhor outros países e estados dentro do Brasil, culturas, organizações globais, política e comércio entre as nações ligaram meu radar pessoal para alguns parâmetros simétricos de engenharia social mesmo entre as regiões e culturas totalmente distintas do mundo. Por que se estava orquestrando tudo isso? Ainda dentro do universo profissional, alguns parâmetros de simetria que tive foi o choque de gerações, principalmente nos países ocidentais com quem e onde trabalhei.  Estando eu agora mais próximo de sexagenário, gerir pessoas na faixa entre os 20 e 35 anos apontava cada vez mais uma distância comportamental estelar entre as gerações com uma curta diferença de tempo entre elas de 20 a 30 anos. Claro, sempre houve a diferença entre uma ou duas gerações, no entanto, ao contrário do processo evolutivo das gerações anteriores onde a próxima está sempre mais capacitada e esclarecida, as gerações mais novas agora parecem estar ficando mais defasadas às anteriores no que se refere a perseverança; gerir conflitos; tomar risco; vontade; proatividade; autodeterminação; coragem; falta de paciência para conseguir o que quer combinado com falta de capacidade. O que estava acontecendo com os líderes e os liderados na organização que eu trabalhava? Seja no Brasil, México, EUA ou Alemanha, parecia tudo igual seguindo o mesmo caminho. Um padrão. Uma cartilha. De onde vinha essa tendencia e orientação?

Identifiquei que pós a Pandemia do Covid-19, temos um mundo diferente, estamos no ápice de uma transição planetária de agenda mas principalmente de consciência, essa última avança em ciclos milenares desde que o mundo existe. Mas temos instaurado uma Normose ideológica em bilhões de pessoas que não poderão avançar para o próximo ciclo evolutivo de consciência, se não despertarem rapidamente. Talvez eu esteja aqui colocando mais um tijolo na construção do “Programa Despertar” que várias outras pessoas estão trabalhando ao redor do mundo por reconhecer que estamos prisioneiros de um Sistema econômico, político, psíquico e mental, que podem ser nocivos porque se contrapõem para que a sociedade humana no planeta realmente evolua para um ciclo mais justo e espiritualizado. Nunca na história humana tão poucos mandam em bilhões de pessoas.

Portanto, um importante objetivo que trago aqui é procurar submeter você à Alegoria da Caverna de Platão. Compartilhar esclarecimentos e fontes para sua própria busca dos valores e propósitos que serão construídos por você mesmo, com base no seu entendimento e intuição, os quais nortearão sua busca por ampliar o conhecimento e a sua consciência sobre o Mundo e Vida. Sem valores e propósitos claramente definidos você não tem como caminhar com protagonista, você será guiado e não saberá disso, será infeliz e não sabe por quê.

Esse é o propósito dessa jornada que mitiga o vazio existencial e ausência de propósito hoje tão comum nas pessoas.  Te convido a participar dela comigo e ser um ponto de luz nesse breu tão escuro que nos cerca. 

                                                                                           Mauris Gabriel